Trilha do Monte Crista

Garuva
Trilha do Monte Crista

Trilha do Monte Crista

Garuva @trilhasemsc

Trilha cadastrada em 03/05/2021

Última atualização em 04/05/2021 (Fique sempre atento à data de atualização dos textos. Eles são feitos com base em nossas trilhas e podem estar desatualizados em razão do tempo da última visita.)

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Hoje apresentaremos a vocês um dos gigantes da região de Joinville: o Monte Crista! Localizado em Garuva, o morro chama atenção pela sua imponência entre a cadeia de morros da região, sendo um local muito procurado por aventureiros. A trilha com extensão próxima a 9 quilômetros, possui dois momentos distintos: uma caminhada mais tranquila até à sua base e uma caminhada mais difícil de sua base ate o cume. A aventura é garantida e a vista espetacular! 

ATENÇÃO: A entrada desta trilha, via Garuva, inicia-se em uma propriedade particular. Logo, é necessário pagar uma taxa para entrar.

Quando iniciamos uma trilha, travessia ou camping, duas dúvidas principais tomam nossa mente: "Onde vou deixar o carro?" e "Tem água no caminho?". Então vamos iniciar nosso relato respondendo as duas. Em relação ao carro, a trilha se inicia em um estacionamento dentro de uma propriedade particular, o Estacionamento do Sr. Harry. Buscando por essa localização no Maps, encontrará fácil onde ele fica localizado, na cidade de Garuva, bem próximo a BR 101. Você deverá sair da BR e seguir por uma estrada de terra onde logo no início terá a indicação "Monte Crista" em um monumento de concreto que sinaliza a entrada da estrada. Siga pela estrada, por entre as plantações de banana, por aproximadamente 2 quilômetros. Nesse ponto você chegará ao estaconamento citado.

Nossa aventura ocorreu no mês de abril de 2021 e na época pagamos o valor de R$ 40,00 por veículo, mais R$ 5,00 por pessoa. O estacionamento é grande e além de lugar para estacionar, muitos com sombra, também possui banheiros e um pequeno bar, com lanches e bebidas. Deixando o carro ali, começamos a nossa jornada rumo ao cume.

Nossa aventura tinha como objetivo não somente a trilha, mas acampar no cume do morro. Então subimos com as cargueiras, com em média 20km. Digo isso, pois o tempo de subida pode ser afetado por esse fato. A parte inicial da trilha já começa com uma aventura, a ponte pênsil que atravessa o Rio Crista. Caminhe com cuidado para não escorregar.

Ponte pênsil na Trilha do Monte Crista

Passando a ponte, seguimos para o lado esquerdo, onde a trilha começa. Andando poucos metros, logo à frente temos uma nova travessia. Novamente pelo Rio Crista, mas desta vez sem o auxílio de uma ponte. A travessia é tranquila em tempos de pouca chuva, sendo possível usar as pedras para atravessar sem se molhar. Mas tenha cuidado, em épocas de chuva existe o risco de trombas d'água e também da travessia ser impossível devido à correnteza. Por isso, verifique as condições climáticas antes da sua aventura.

Rio travessia na Trilha do Monte Crista

Logo depois do rio, a trilha segue tranquila. A mata é densa, com árvores altas, mas o caminho é bem demarcado e a caminhada agradável.

Caminho inicial na Trilha do Monte Crista

Seguindo por esse caminho, veremos uma caixa d'água, em um ponto onde existe a captação de água.

Estação de captação na Trilha do Monte Crista

Destacamos esse ponto, pois logo após dele existe essa bifurcação. Apesar do caminho que segue em frente parecer mais amigável e correto, vocẽ deve virar a esquerda.

Bifurcação estação captação na Trilha do Monte Crista

O caminho segue tranquilo e o relevo não possui maiores dificuldades. Enfim chegamos em uma bifurcação importante. Nesse ponto pode-se optar por seguir pela esquerda, onde se caminha mais próximo ao rio, onde o caminho apesar de mais longo, é mais fácil. Ou pela direita, onde temos um caminho mais curto, porém o trajeto é conhecido como "saboneteira". Isso mesmo, o nome já diz tudo. O caminho tem muitos trechos formados por uma argila lisa, que em épocas chuvosas se torna um verdadeiro sabonete para caminhar. Isso reduz o ritmo de caminhada e pode gerar muitos tombos. 

Bifurcação saboneteira na Trilha do Monte Crista

Os dois caminhos citados acabam por se encontrar mais a frente, onde as características da trilha começam a mudar. Chega-se a uma clareira grande, onde muitas pessoas usam como ponto de descanso. à partir dali, inicia-se a subida. O relevo passa a apresentar muitos trechos de subida, a vegetação também muda, apresentando árvores menores e o caminho da trilha passa a utilizar pequenos trechos de calçadas de pedras, que datam de séculos atrás. 

Estrada de pedras na Trilha do Monte Crista

Esse caminho de pedras, apesar de parecer um ponto positivo, pode se tornar um problema em caso de chuva, pois as pedras ficam muito lisas e podem ocorrer tombos. Fique atento. Além do caminho de pedras, temos também trechos de caminhos pela argila, em locais onde caminhamos por entre valas.

Caminho entre valas na Trilha do Monte Crista

Em alguns pontos, houve intervenção humana e existem alguns degraus que facilitam a caminhada.

Caminho de valas com degraus na Trilha do Monte Crista

Nesse ponto, nossa única opção é subir e subir. Alguns locais apresentam algumas bifurcações no caminho, mas ambas levam ao topo. São apenas desvios ou caminhos alternativos para tentar driblar o relevo acidentado. Esse trecho de subida segue por mais ou menos 3 quilômetros. 

Já no topo, quase próximo ao cume, temos acesso ao primeiro mirante. Além do mirante, pelo caminho temos também muitos pontos para pegar água e descansar.

Indicação mirantes na Trilha do Monte Crista

Se o obejtivo é o camping, é importante ficar atento a esse ponto de água. Ele é o último ponto antes do cume.

Último ponto de água na Trilha do Monte Crista

Logo após o último ponto de água, chegamos a uma pequena clareira. Ali é possível optar por dois caminhos distintos. Seguindo pela esquerda a trilha nos levará até a famosa Cachoeira da Cabeluda, a maior das cachoieras nesse trecho do Rio Crista. Seguindo pela direita, subiremos até o cume do Monte Crista, passando pelas formações de pedra chamadas de Guardião ou Pedra do Homem Sentado. Pela foto podemos notar o motivo do nome, pois a formação rochosa lembra realmente a silhueta de alguém sentado ali, vigiando o morro.

O guardião na Trilha do Monte Crista

Seguindo a trilha após o guardião, chegaremos a parte superior do morro. Ali existem três pequenas clareiras onde é possível armar acampamento.

Cume do morro área de camping na Trilha do Monte Crista

Logo depois desse ponto de camping, chegamos ao desejado cume do morro. E a vista é linda. Do alto é possível ver cidades como Joinville e São Francisco do Sul, além claro de Garuva e de parte do litoral de Santa Catarina e também no Paraná, como Guaratuba e Itapoá. Nesse ponto, ao fim da tarde, podemos ver a lua nascendo junto ao mar. 

Cume na Trilha do Monte Crista

Também podemos ver os morros da região e as os rios que se formam por entre eles. Dali é possível ver também o ponto de camping da Cabeluda, a cachoeira que citamos no início do relato e também parte no início dos Campos do Quiriri.

Vista do pico vertical na Trilha do Monte Crista

Tanto para quem sobe com o objetivo de acampar lá no topo ou para quem sobe logo cedinho, o momento mais esperado com certeza é esse: o nascer do do sol! Ele é lindo e faz valer a pena cada quilômetro caminhado.

Nasce do sol topo na Trilha do Monte Crista

 

Trilha do Monte Crista

Percurso: 9540 metros (Somente ida)

Tempo do percurso: 3 horas e 15 minutos

Garuva

Grau de dificuldade da trilha Semi-Pesada Semi-Pesada - Nível 5

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Atualização das Informações

Fique sempre atento à data de atualização dos textos. Os textos são feitos com base em nossas trilhas e podem estar desatualizados em razão do tempo da última visita.

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