Trilha do Morro do Cambirela
Quando falamos de trilhas em Santa Catarina, principalmente na região da Grande Florianópolis, uma que não pode ficar de fora é a Trilha do Morro do Cambirela. Com certeza ela representa o grande desafio para os trilheiros que buscam o cume desse famoso morro localizado na cidada da Palhoça. Com muito esforço e determinação é possível vencer esse gigante e nós vamos mostrar como!
O Morro do Cambirela localiza-se no Município de Palhoça, próximo de Florianópolis, e está situado dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, a maior unidade de conservação no Estado de Santa Catarina. O gigante possui 922 metros de altitude e quem o desafia, terá que vencer quase todos esses metros, pois a trilha inicia quase ao nível do mar. Na verdade, não existe somente uma trilha para chegar até o cume, mas sim 3. Cada uma difere em distância e principalmente inclinação. O caminho de cada uma delas pode ser visto com maiores detalhes nesta imagem.
A imagem, de autoria de Trilhas Que Conectam, pode ser visto no endereço https://trilhasconectam.com.br/morro-cambirela/ juntamento com o texto, do mesmo autor, que também descreve o trajeto.
A trilha que apresentaremos hoje é a trilha 1, que sobe o morro pela face leste e fica de frente para a BR-101. Para chegar até esse ponto, basta seguir pela BR até chegar em uma pequena entrada, localizada próximo ao km 222. Use como referẽncia a placa da saída 223. A entrada é uma estrada de chão, que pode ver vista na imagem abaixo, em uma foto retirada do Google Maps. Além da imagem, compartilhamos também a localização deste ponto no mapa. Para ver o local, basta usar esse endereço: https://goo.gl/maps/oeJ1f9WAe8tWtRhj6
Essa foi nossa terceira visita ao Cambirela, seguindo pela mesma trilha. Nas vezes anteriores, fizemos o mesmo trajeto e acessamos pelo mesmo local, porém na época, existia ali uma pequena casa de moradores que faziam a cobrança do estacionamento. Dessa vez não houve necessidade de pagamento de nenhuma taxa, pois não existe mais nenhuma casa lá. A entrada está liberada e ninguém fez cobrança alguma. Ou seja, a trilha é de acesso livre e possui espaço para estacionamento gratuito. O carro é deixado em um largo espaço no local onde a trilha de inicia. Do estacionamento podemos ver o que nos aguarda.
No final da área destinada para o estacionamento, existe uma pequena entrada na mata, onde se inicia a trilha.
Antes de iniciar a subida, existem dois itens indispensáveis nessa subida. Um deles, o protetor solar, é indispensável em qualquer época do ano, pois no cume do morro não há sombra e em boa parte da subida próxima ao cume, ficamos expostos ao sol. O outro, depende da época, mas é sempre recomendável, que é uma jaqueta corta vento. Na altitude do morro, quase sempre há a incidência de vento. E em estações como outono e inverno, ele sempre bate gelado e com muita força. Então é melhor estar protegido. Além disso, água, pelo menos 1 litro, e comida são indispensáveis. No caminho existe uma bica de água. Todas as vezes que fui ela estava com água, mas é sempre bom levar água suficiente.
Voltando ao trajeto da trilha, ele nos passa uma falsa impressão inicial que a trillha é fácil. Seguimos em uma trilha aberta e bem demarcada por vários metros, até que começa a subida. à partir daí, ela não para mais. É uma mistura de subida, raízes, pedras e grampos de metal que não acaba mais. Note que até quase metade da trilha, a elevação é muito baixa, sendo na sua segunda parte o maior ganho.
Entre as características da subida estão os trajeto com muitas raízes. Nesse caso é uma característica positiva, pois elas servem de suporte na subida. Mas cuidado, raízes soltas podem significar um perigo no momento da subida.
É em meio a mata mais fechada que fica o ponto de água que comentamos anteriormente. Ele se localiza em uma rocha e se torna facilmente visível pela indicação nas rochas da palavra "Água". Poderia sem uma placa, não pixação na rocha, mas enfim, está ali o ponto de água, mais ou menos na metade da trilha.
Além das raízes, existem muitos outros pontos de dificuldade, como escalaminhada em pedras e também esse pequeno trecho, onde é preciso contornar a árvore para continuar. Nesse ponto, o trilheiro literalmente abraça a árvore para seguir em frente.
Nos locais onde não existem raízes, foram colocados grampos de metal nas rochas, que também ajudam muito a subir.
Ficamos boa parte da trilha em meio a mata, protegidos do sol e do vento. Quando saímos da mata, já passao mais de 2/3 da trilha, temos um local de subida onde tem muita terra solta. Tenha cuidado, ela causa muitos acidentes por causa da superfície lisa e da terra que se solta e torna o trajeto escorregadio.
Se você chegou até aqui, já pode comemorar, está quase conquistando o gigante Cambirela. À partir daí, a vista panorâmica se torna o grande atrativo da trilha. Lá do alto é possível ver boa parte da ilha de Florianópolis, além das praias da Plahoça, como Pinheira e Praia do Sonho. Também é possível ver outros municípios da Grande Florianópolis, como Palhoça, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz e tantos outros pontos da região.
Para registrar esse feito de conquistar o cume do morro, existe um livro do cume, onde é possível registrar a sua chegada no ponto mais alto!